Apesar de serem anunciados como serviços que ajudam a reduzir o congestionamento nas ruas de nossas cidades, empresas como Uber e Lyft estão, na realidade, agravando os problemas de trânsito, afirma uma recente pesquisa conduzida na Northeastern University em Boston.
O estudo mostrou que, em muitas cidades, em vez de incentivar os passageiros a deixarem seus veículos particulares em casa para usar o serviço de carros compartilhados, os aplicativos estão tirando usuários do transporte público de alta capacidade, como ônibus e metrôs. O relatório também revelou que os usuários não usam os aplicativos para se conectar a linhas de transporte público existentes, como sugeriu o fundador da Uber, Travis Kalanick, mas, em sua maioria, para ir diretamente ao destino final.
Uma pesquisa citada no relatório, realizada com mais de quatro mil adultos em sete das maiores áreas metropolitanas dos Estados Unidos revelou que entre 49% e 61% dos percursos teriam sido feitos por outros meios, ou não teriam sido realizados, se o serviço não existisse. Para piorar as coisas, um estudo de caso realizado em San Francisco no ano passado descobriu que o aumento do congestionamento ocorreu em áreas da cidade que já sofriam com os piores problemas de trânsito.
Com o lançamento do serviço Express Pool da Uber - que conecta os passageiros a paradas eficientes ao longo de sua rota, em vez de uma localização exata - os especialistas temem que o problema piore daqui para frente.
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